quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

As razões da minha candidatura

Portugal vive hoje circunstâncias dramáticas. A situação financeira é muito delicada, a estagnação da nossa economia é evidente, tal como o crescimento desenfreado do desemprego, com graves consequências sociais.
A autoridade e o prestígio das nossas instituições políticas tem vindo diminuir, degradando-se, em cada dia que passa, a confiança dos cidadãos no Governo do país. Até o poder judicial vive tempos de desgaste continuado, suscitando cada vez menos confiança no povo e na opinião pública.
A história do PSD fez-se do chamamento das gerações que, em cada momento, são capazes de provocar e levar por diante as rupturas necessárias. A situação é de tal forma grave que é necessária uma nova ruptura, que terá de ser liderada pelo PSD. Já não se trata de “normalizar” a democracia civil, ou libertar o país do colectivismo de Estado. Mas sim de LIBERTAR O FUTURO DE PORTUGAL. Libertar o futuro dos compromissos e bloqueios que o PS tem vndo e continua a criar, ao longo de quinze anos de governação socialista.
Com o endividamento existente, com os investimentos megalómanos assumidos, o futuro das novas gerações estará comprometido. O nosso primeiro objectivo, por isso, é criar condições para libertar o futuro dos encargos até aqui contraídos.
Para isso é necessário romper com uma política económica baseada no endividamento e que não percebeu as consequências da integração na moeda única. Apostar na inovação e no desenvolvimento, aproveitando a energia dos seus empreendedores e exportadores.
Esta situação não pode continuar. É preciso fazer um corte, uma clarificação, uma ruptura. No actual estado de coisas, JÁ NÃO BASTA MUDAR, É PRECISO ROMPER. Candidato-me por estar convicto que posso liderar um projecto de ruptura com este caminho de inércia e apatia para o abismo de um país endividado e sem horizontes para as gerações presentes e futuras.
Este projecto é uma tarefa de todos e de cada um. Um projecto aberto, que terá de chegar primeiro aos militantes, estender-se aos simpatizantes e abranger até os cidadãos que em casa, na rua, no trabalho, nos blogues estão preocupados com o seu país. Não dispomos de exércitos alinhados, nem compromissos com estruturas partidárias ou com personalidades gradas do partido. É uma candidatura desprendida, aberta igualmente a todos porque solitária. Uma candidatura aberta a dialogar agora com as bases, as estruturas partidárias distritais e concelhias, as personalidades históricas.
Nesse sentido, vem a ser uma candidatura de unidade: não faz acepção de pessoas, não discrimina as pessoas do chamado aparelho das pretensas elites, não menoriza os simpatizantes em face dos militantes, não discrimina social ou regionalmente os votantes do PSD, não assenta em divisões geracionais de idade ou de anos de militância.
Todos são precisos para formar uma VERDADEIRA PLATAFORMA DE VONTADES, UM MOVIMENTO POLÍTICO NACIONAL ABERTO E VOLUNTÁRIO. Acredito que é possível refundar a política em Portugal, que é viável lavar a honra da nossa democracia, restabelecer a dignidade das nossas instituições, sanear a nossa credibilidade externa, dar um horizonte de vida e de vida com bem-estar aos portugueses.

Paulo Rangel

14 comentários:

  1. Muito bem arrumado, mas na lista de blogues falta o MaltaFixe.com

    Abraço

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  2. Força.
    Para romper com o Governo corrupto instalado.
    Só tenho pena (e vergonha) que muitos portugueses sejam tão cegos em relação a este PM.

    Apesar de não ter nenhum partido político (apenas ideias e ideiais) estas eleições internas são cruciais para Portugal.

    Apesar de não ser nenhum politólogo, acho que o país ganharia se Aguiar Branco nao se candidatasse e o apoiasse, de modo a não diluir votos para Pedro P. Coelho.

    Cumprimentos,
    PdB

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  3. Pela primeira vez vou participar activamente numa campanha!
    e isso devo-o ao Paulo Rangel, que defino com 4 adjectivos:

    Honesto, verdadeiro, humilde e persistente!

    Estas vão ser as características do nosso novo Primeiro Ministro!

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  4. Força, muita força!
    Vai ser dificil, vai exigir um combate muito duro com os outros candidatos, mas o PSD e o País precisam que o Dr Paulo Rangel seja o próximo 1º Ministro de Portugal!

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  5. Estou consigo Rangel, por puro impulso político, isto é, por pressentir que organizará muito melhor a polis do que os seus concorrentes. Mas peço-lhe que mantenha um correcto princípio de realidade, não exagere na desgraça, descreva com o mínimo de juízos de valor (a que vocês chamam política, que como sabe é muito mal amada) a nossa realidade, diga-nos o que somos, o que podemos fazer, e o que pensa ser adequado esperar. Só isso.

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  6. Esta é uma candidatura que reune as condições para mobilizar o país em torno de um projecto sólido e coerente. Vamos a isso!

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  7. Desejo que venha a ser eleito não só no congresso do PSD mas também nas próximas legislativas.Precisamos de uma personalidade com determinação para levar a bom termo todas as reformas necessárias, sendo fundamental que as mesmas sejam implementadas por uma pessoa séria,determinada,bem formada e com qualificações académicas e profissionais inquestionáveis.Ainda tive uma secreta esperança interior que imediatamente antes das últimas legislativas,apanhando o combóio vitorioso das europeias, a Dra Ferreira Leite anunciasse que em caso de vitória o partido anunciaria o Dr Paulo Rangel para chefe do Governo mantendo-se ela como Presidente do partido.Estou convencido que o PSD poderia nessas circunstâncias ter ganho as eleições.Agora em caso de novas eleições e para não se correrem quaisquer riscos parece-me fundamental uma aliança com o CDS. E o Dr Paulo Rangel é sem dúvida dos candidatos à liderança do PSD o que está em melhores condições para liderar uma nova AD.Penso muito sinceramente que o Dr Paulo Rangel poderá ser a última oportunidade de continuarmos a acreditar nesta democracia.Por Portugal BOA SORTE Dr Paulo Rangel.

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  8. Dr. Paulo Rangel

    Obrigado por tudo o que já fez por Portugal e sobretudo pelo que se dispõe a fazer:
    - Romper com o pântano. Acabar com a corrupção que, segundo Torga, há muito consubstancia " o cancro que rói o corpo e ameaça contaminar a alma de Portugal."
    Mas, como gato escaldado... permito-me colocar-lhe a seguinte questão:
    -Sabendo nós que o estado é o grande responsável pelo endividamento que hipotecou o futuro de Portugal, que pensa fazer para alterar significativamente o tenebroso quadro que o Orçamento ( em anexo)comporta? É que sem isso... batatas. Mas atenção. O estado não são só os políticos que compõem a AR. O estado, infelizmente, é muito mais do que isso.
    Caro Dr. Rangel,para tirar Portugal do pântano é necessário,sem sofismas nem preconceitos,cumprir a missão que falta:
    -Enobrecer o Homem. Fechar o abismo. Alinhar o caos.
    ----------xxxxxx--------

    ALGUMAS das rubricas existentes no Orçamento que acaba de ser publicado em Diário da República.

    Atentem no valor que o Bolso dos Portugueses terá de suportar para GARANTIR a existência e funcionamento da ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA.

    Caso queiram consultar o Orçamento só terão de ir ao site WWW.dre.pt e acederem ao Diário da República nº 28 - I série- datado de 10 de Fevereiro de 2010 - RESOLUÇÃO da Assembleia da República nº 11/2010.

    1 - Vencimento de Deputados ........12 milhões e 349 mil Euros
    2- Ajudas de Custo de Deputados....2 milhões e 724 mil Euros
    3 - Transportes de Deputados .........3 milhões 869 mil Euros
    4 - Deslocações e Estadas ...............2 milhões e 363 mil Euros
    5 - Assistência Técnica (?????) ......... 2 milhões e 948 mil Euros
    6 - Outros Trabalhos Especial. (?)......3 milhões e 593 mil Euros
    7 - SERVIÇO REST. REFEIT. e CAF......... 961 mil Euros
    8 - Subvenções aos Grupos Parl. ......... 970 mil Euros
    9 - Equipamento de Informática ........2 milhões e 110 mil Euros
    10 - Outros Investimentos (???).........2 milhões e 420 mil Euros
    11 - Edificios ......................................2 milhões e 686 mil Euros
    12 - Transfers (?)Diversos (????)......13 milhões e 506 mil Euros
    13 - SUBVENÇÃO aos PARTIDOS representados na Assembleia da República....................................... 16 milhões e 977 mil Euros
    14 - SUBVENÇÕES CAMP. ELEIT.........73 milhões e 798 mil Euros


    NO TOTAL a DESPESA ORÇAMENTADA relativamente ao ANO de 2010, é : € 191 405 356,61 (191 Milhões 405 mil 356 Euros e 61 cêntimos) - Ver Folha 372 do acima identificado Diário da República nº 28 - 1ª Série -, de 10 de Fevereiro de 2010.

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  9. Assisti ao Encontro do Hotel Tivoli, depois de anos sem participar em comícios.

    Gostei da determinação demonstrada por Paulo Rangel. Exprime convicção e vontade de combater politicamente a podridão em que caímos.

    Percebi existirem já algumas ideias-força no discurso do novo candidato a líder do PSD, nomedamente na Educação, na Justiça, no Endividamento do País e das Famílias, e na acção política propriamente dita.

    Parece-me ainda vago o discurso sobre a Economia, a Indústria, a Energia, a Agricultura e as Pescas, i.e., sobre o tecido produtivo do País, base da sua verdadeira soberania.

    Para não se repetir a decepção ocorrida com Barroso e Santana, julgo fundamental clarificar o discurso de PRangel nestes sectores, reunir grupos especializados em cada em deles, capazes de produzir ideias, sustentar e justificar opoções, criticar opções contrárias ou concorrentes, etc., ou seja, constituir uma espécie de Estado Maior da Campanha, apto a municiar o Candidato com argumentos e teses em cada sector da vida nacional.

    Deve também PRangel surgir com um discurso claro a propósito do largo predomínio do Partido Socialista no interior do Estado, na Função Pública, nos Institutos e nas Empresas sob tutela do Estado, declarando a situação actual de inadmissível, visto que o pluralismo político tem de estar assegurado em todas as estruturas sociais, políticas e empresariais do País.

    De momento, estes parecem-me pontos essenciais.

    Boa sorte para o futuro, que queremos ver desanuviado, libertando-o, como, acertadamente, proclama o lema da Candidatura.

    António Viriato ( http://alma_lusiada.blogspot.com)

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  10. O País terá que libertar-se deste lastro enorme crónico e anual da Despesa Pública e assim reduzir o Défice Público para valores aceitáveis. Ao contrário portanto da receita neoliberal de aumento de impostos, redução de salários e redução das funções sociais do Estado. Uma tal política económica (neoliberal) tem provocado, nestes últimos anos por esse mundo fora, apenas decréscimo do crescimento económico e social e maiores desigualdades sociais.
    A redução do Défice Público sem crescimento económico é assim uma ilusão que se traduz em atraso no desenvolvimento económico e social do País, e num agravamento gratuito das condições de vida dos cidadãos.
    A redução do Défice só faz sentido quando contribui para o crescimento e o desenvolvimento económico. A redução do Défice só pode ter como seu primeiro objectivo, o desenvolvimento económico e social.
    Num Pais, com as maiores desigualdades sociais entre ricos e pobres, com o maior número de pobres da UE, com as mais altas taxas de desemprego e com os mais baixos salários dos países da zona euro, nunca poderá definir e aplicar uma politica de combate ao Défice com base em tais medidas - aumento de impostos, congelamento de salários e cortes nas funções sociais do Estado.

    O combate ao Défice deverá ao contrário incidir no combate à redução da Despesa Pública. Não é apenas uma questão económica, é sobretudo uma imposição moral. Mantendo e melhorando os actuais padrões de qualidade e extensão das obrigações das funções sociais do Estado, será possível uma redução efectiva das Despesas Públicas equivalente a 4 ou 5 pontos percentuais do PIB. Com uma nova reforma da Administração Publica que extinga a esmagadora maioria dos Órgãos do Estado, criados avulso e em paralelo à Administração existente, de há uma década para cá, Institutos, Autoridades, Agências, Comissões, Fundos, Conselhos, Gabinetes, Inspecções, Centros, Auditorias e Empresas Municipais, que promova a extinção dos governadores civis, a redução para metade dos deputados, a redução de vencimentos dos gestores públicos e muitas outras medidas de rigor orçamental semelhante.
    Ao mesmo tempo que deverão ser lançadas medidas efectivas ao relançamento económico. Controlo efectivo sobre os monopólios, EDP, PT, BRISA, GALP, com estabelecimento temporário de preços máximos, diminuição de impostos, desde logo os indirectos, desagravando as pequenas e médias empresas e agravando os impostos dos bancos e das maiores empresas taxando-as por igual. Medidas que tornem célere a Justiça em processos de índole empresarial, E muitas outras medidas que no mesmo sentido provoquem um efectivo crescimento económico e social.

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  11. Concordo com o comentário de António Viriato!
    Uma sugestão: seria interessante que a sede principal da Campanha fosse no Porto!
    Teria um impacto especial!
    Ou será que logisticamente não é bos ideia?

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  12. Ó Ruy, desculpe lá o mau jeito. Eu sei que aqui devemos tratar de discutir as propostas do candidato Dr. Rangel para retirar Portugal do caos.
    Mas não posso concordar com o que entende por receita neoliberal: "aumento de impostos, redução de salários e redução das funções sociais do Estado"
    Olhe que não Ruy, olhe que não! O liberalismo, isso de neo é um tique do senhor Soares "o jotinha grisalho" http://clubedasrepublicasmortas.blogs.sapo.pt/321151.html),
    defende exactamente o contrário. Ou seja:
    -Redução dos impostos. Sobretudo do IRS e IRC. Salários adequados à capacidade produtiva de cada trabalhador e redução das funções do Estado ao estatuto de árbitro.

    Ao Dr. Rangel só resta uma saída para cumprir o seu desígnio. Se quer "libertar o Futuro" deste pobre país terá, em primeiro lugar, de ganhar o presente. E isso passa por domesticar o monstro (o estado tentacular, corrupto e corruptor) que o social/socialismo edificou em Portugal.

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  13. Sábias palavras, as de Dioniso. em todo o mundo, e particularmente em Portugal, as pessoas estão cansadas da politiquice. E, perdoem-me a frontalidade, já vi, em determinados momentos, ser feita politiquice por qualquer um dos candidatos à liderança do PSD. Vejo com agrado que, atenta a gravidade da situação, o Dr. Paulo Rangel tem-se centrado no que é essencial. E quanto às suas posições sobre o que é realmente importante, surpreendeu-me pela positiva. Espero bem que ganhe estas eleições e as próximas (legislativas), pois como estamos não vamos a lado nenhum. Um Abraço, Alexandre Lousada

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